quarta-feira, 19 de março de 2014

A mulher arrastada tinha nome!


Você sabe quem é Cláudia da Silva Ferreira? No que dependesse das noticias da mídia não.
O ocorrido foi amplamente divulgado, com títulos que giram entorno da notícia de que "Uma mulher arrastada por viatura". (Conforme ilustra os recortes na imagem)
Trata-se de uma atrocidade cometida pela polícia contra Cláudia, suavizada friamente pelos meios de comunicação. A suavização deste assassinato consiste basicamente em acentuar fortemente a singularidade da noticia, retirando elementos que implicariam em especificar o caráter particular do ocorrido.
Palavras essenciais para contextualizar a notícia como "policiais" que apontariam quem fez a ação, e "assassinato" que descreveria a ação em si bastariam para dar uma base particular mínima para entender, não apenas o que de especifico aconteceu, mas trazer elementos para pensar a sociedade. Contudo o pior aspecto desta notícia é a despersonalização da vítima, que chega a ser perverso. O silêncio destas manchetes é ensurdecedor.
Essa visão de mundo destes jornais está longe das inalcançáveis "objetividade" e "imparcialidade" mas intimamente próximas com um compromisso na manutenção deste tipo de ação, uma vez que a polícia só é denunciada quando não reprime com mais força as mesmas populações que vitimam.  

(fonte)
Que contraste gritante temos nestas notícias em comparação as mortes provocadas por favelados!

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